18/01/2019 | Energia e Ambiente

Energia mais limpa nos lares da Guiné-Bissau

Fundação Galp lançou o projeto Fumukaba com o objetivo de promover a substituição de carvão vegetal e lenha por gás butano na confeção de alimentos em agregados familiares guineenses

Chama-se Fumukaba o projeto que nasceu pela mão da Fundação Galp com o intuito de promover a transição energética na Guiné-Bissau e incentivar a comunidade a adotar soluções de energia mais limpas. A iniciativa prevê, até 2020, abranger mais de 25 mil agregados familiares dos bairros da cidade de Bissau, contribuindo também para a melhoria da economia local e da qualidade de vida e saúde dessas comunidades.

Sandra Aparício, da Fundação Galp, congratula-se com o facto de se ter conseguido reunir um conjunto de parceiros que permitiu desenvolver o projeto. “O Fumukaba é um exemplo de parceria de cooperação para o desenvolvimento sustentável”, diz.

Por seu lado, Luís Melo, presidente da Câmara Municipal de Bissau, considera o Fumukaba inovador, destacando que “estamos no início de uma nova era na cidade de Bissau” e que é importante as pessoas serem bem informadas, para poderem aderir: “Se a sensibilização correr bem, Bissau irá tornar-se uma cidade saudável, sem fumo.”

Atualmente, cerca de 95% da população residente na Guiné-Bissau utiliza a lenha e o carvão vegetal para a cozinha e outras necessidades energéticas, devido à baixa produção da energia elétrica e à quase a inexistência do fornecimento e do uso regular do gás butano, tanto nos centros urbanos, como nas zonas rurais.

O projeto Fumukaba envolve um investimento de 1 milhão de euros – financiado a 10% pela Fundação Galp e a 90% pela União Europeia – e é desenvolvido no quadro do programa “Pacto dos Autarcas para a África Subsaariana – Fase II”. Além da Fundação Galp e da União Europeia, são também parceiros do Fumukaba a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa e o Município de Bissau.

OS NÚMEROS DO FUMUKABA

+ 25 mil famílias abrangidas na região de Bissau, com impacto em mais de 220 mil habitantes.
+ 100 mil hectares de desflorestação evitados.
+ 530 mil toneladas de CO2 evitadas.
24 meses: a duração prevista do projeto (abril de 2018 a abril de 2020).

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