06/07/2019 | Cultura e Educação

Ocean Talks: como será o futuro dos nossos mares?

Foi na 2ª edição das Ocean Talks no Museu do Mar, em Cascais, que se promoveu o diálogo sobre os oceanos e o seu futuro potencial

Foi na véspera do dia mundial dos oceanos, 8 de Junho, que teve lugar a 2ª edição das Ocean Talks no Museu do Mar, em Cascais. O evento promovido pela Fundação Galp reuniu um conjunto de oradores de referência na área ambiental e vida marítima e têm como objetivo despoletar a discussão em volta das oportunidades do Mar Português e a criação de valor à volta do tema dos Oceanos.

Um painel diversificado mas com um objetivo comum: dar a conhecer, através de diferentes perspetivas, a necessidade de cuidar, conhecer e respeitar melhor os oceanos. Joana Balsemão, a vereadora da Câmara Municipal de Cascais, abriu as hostes e começou por falar da política do mar conduzida pela Câmara e o seu empenho em sensibilizar a população através de várias ações em torno do tema.

"We know more about the surface of the Moon and about Mars than we do about [the deep sea floor]" - Paul Snelgrove.

Foi uma das mensagens que Rui Rosa, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, quis passar com a sua perspetiva mais global e científica. Entre outras questões alertou para o aumento de ameaças para as espécies marítimas, como a degradação dos habitat, a sobrepesca, a poluição e as alterações climáticas, e para o impacto negativo que têm na vida marinha.

Já Nuno Lourenço, gestor de Desenvolvimento do CEiiA - Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto - falou da falta de conhecimento do oceano profundo pela população portuguesa e das inovações que já existem para colmatar todas estas alterações que a vida marinha está a sofrer, incluindo a um veículo autónomo português que está a ser desenvolvido para um maior conhecimento do Oceano.

“Sem água não há vida, sem azul não há verde, o oceano é o início”, disse Patrícia Furtado, a oradora vinda do Rio de Janeiro que trouxe uma perspetiva diferente de como é possível cuidar do oceano através de uma ligação mais próxima com a água. Alertou para os problemas do plástico e microplástico, e apresentou o seu projeto, Acqua Mater, onde tenta que adultos e crianças fiquem mais sensibilizados para as causas ambientais, ao ligarem-se mais aos oceanos, numa experiência que vá muito além de uma ida à praia.

Após as talks surgiu um momento de debate de ideias, mediado por Joana Garoupa, que incidiu sobre os temas mais preementes e quais os próximos passos e soluções para a situação que vivemos a uma escala global. Não foi esquecida a importância da educação e da literacia sobre os oceanos para a consciencialização de que é necessário agir.

Em paralelo foi inaugurada a exposição “O Mar Que nos Une”. Uma viagem emotiva e informativa à volta dos mares que unem Portugal Continental, Açores, Espanha, Brasil, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Após passar pela maior exposição fotográfica do Mundo, o World Press Photo, em Lisboa, estabelece-se agora, pela primeira vez, no Museu do Mar, em Cascais.

Imprimir

Partilhar: